Suicídio: A importância dos cuidados com quem fica

Ao saber de casos de suicídio normalmente o pensamento dominante é com “o que aconteceu com esta pessoa para ter chegar a este ponto?”. Esta é uma dúvida pertinente mas, o fato é que não há como mudar o ocorrido. Por isso quero chamar sua atenção para o outro lado: o de quem fica.
É muito comum a instalação de uma culpa no cuidador “se eu tivesse feito isso ou aquilo, as coisas seriam diferentes”, até pode ser mas o “se”, neste caso, vira um grande vilão fazendo com que esse cuidador sofra muito.
Problemas como a depressão e o estresse pós traumático, são os mais comuns a afetarem quem fica. Essa pessoa precisa ser cuidada do ponto de vista social e psicológico para se reestruturar e seguir sua vida. Mas, além dos cuidados profissionais, o que se pode fazer?
Escute atentamente as angústias. A pior sensação é a de que não se está sendo ouvido.
Não fuja do assunto. Deixe que o desabafo seja feito sempre que a pessoa achar necessário.
Não julgue. Por mais que você discorde de alguma ação tomada antes, o cuidador fez o melhor que ele conseguiu.
Auxilie no que puder para que aos poucos a vida seja retomada, mas não force, cada um tem seu tempo.
Se você perceber que a pessoa não está melhorando, incentive que ela procure ajuda profissional. Muitas vezes se reerguer sozinho é muito difícil.

 

https://www.facebook.com/danielcarvalhoneuropsicologo/

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *