Diferente do que muitas pessoas pensam, quem tem distúrbio de aprendizagem pode ser ótimo no vídeo game, no futebol ou em montar quebra-cabeças e mesmo assim ter grandes dificuldades na escola que nada têm a ver com preguiça.
Diferente da preguiça onde há um simples baixo interesse para se dedicar ao estudo, para quem tem um problema patológico de aprendizagem, estudar torna-se uma tarefa árdua e consequentemente desmotivadora.
Do ponto de vista neuropsicológico, o ato de aprender necessita que as capacidades cognitivas de atenção, memória e funções executivas (percepção, planejamento, organização e inibição comportamental), estejam funcionando adequadamente. Caso contrário não adianta castigo, ameaça ou discursos motivacionais, pois é o cérebro que não funciona como deveria.
Nestes casos apenas uma avaliação profissional pode indicar onde está o real problema e intervir para que este seja solucionado.
Portanto, muito cuidado ao dizer que uma criança que não vai bem na escola é simplesmente preguiçosa. Se o problema for da ordem patológica, esta atitude só irá atrapalhar.
E você? Já foi vítima ou conhece alguém que sofreu por ser taxado como preguiçoso por não ir bem na escola?